Feliz Saturnalias!
Mais um ano, mais um Natal. Mas o que é isso do Natal? Não me venham dizer que é comemoração do nascimento de Jesus porque isso é tanga! Se está na Bíblia que ele nasceu em Março!
Para as crianças de hoje em dia o Natal é quando um velho gordo vestido de vermelho distribui prendam num tornou voador puxado por renas. Ou seja um conceito tão credível como a possibilidade de deixar de existir corrupção em Portugal! Contudo, esta história é excelente para apontar duas realidades: antes de mais o facto das crianças acreditarem em tudo e por esse motivo todos lhes mentem. Hoje em dia é raro os adulto dizerem uma única coisa às crianças que seja verdade: começa na Fada dos Dentes e acaba na ocultação da realidade da morte. Tudo excelentes ingredientes para se crescer com uma patologia interessante.
A segunda realidade é que, no meio da mentira, são as crianças que entendem o verdadeiro significado do Natal: as prendas! Os putos lá se ralam que há 2 mil anos um tipo tenha nascido numa manjedoura! Eles querem é prendas! Admitam lá, nós só dizemos Natal porque “comemoração da glória do capitalismo” é muito grande! Assim como, só dizemos Pai Natal porque “Assalariado da Coca-Cola” não soa bem!
Calma que não estou a querer entrar em politiquices! Isto não é um discurso comunismo. Se bem que é curioso que o Pai Natal como um dos maiores símbolos do capitalismo seja tão virado para o marxismo. Se não vejamos: veste-se de vermelho; na Noite de Natal é ele que vai trabalhar, quando como dono de um império capitalista podia ficar à secretária só a gerir, e tem um barba tipo Karl Marx.
“O Pai Natal não foi criado pela Coca-Cola! Ele é o São Nicolau!” afirma alguns. O Pai Natal foi baseado, repito baseado, no São Nicolau. Ou acreditam que um arcebispo de Mira do século IV se vestia daquela maneira e tinha um trenó voador? Ele foi só um velho porreiro que distribuía prendas às crianças! E já agora fazia-o a 6 de Dezembro, não a 25.
Contudo, não quero dizer que haja nada de errado com o Natal da actualidade. O que é que podia haver de errado em haver uma data para distribuirmos prendas aos nossos entes queridos? Na verdade era isso que os romanos faziam.
Não sei se os tripulantes do barco dos Cortiçais naufragaram no Natal, mas estou certo que conheciam as comemorações da época. Não lhe chamavam Natal, davam-lhe o nome de Saturnalias. Eram um festival que, segundo se dizia, tinha como objectivo celebrar a igualdade que existira entre os homens quando o deus Saturno, expulso dos Céus por Júpiter, viera viver para a terra. Era um festival carnavalesco com raiz no culto da fertilidade relacionados com o Solístício de Inverno. Tinham lugar de 16 a 18 de Dezembro e era comum dar-se prendas e visitar-se os amigos chegados neste período.
Contudo para milhões de cristãos o Natal continuará a ser a data do nascimento de Cristo, um acontecimento que se tornou o umbigo do nosso modo de medir o tempo. Claro que isto não era assim à 2 mil anos atrás. Estou certo que os náufragos dos Cortiçais não dariam especial atenção ao ano zero da nossa Era. Não estou a ver um dos sobrevivente a contar a história do acidente a dizer: “Isto em 15 a.C., meu amigos”.
Tanto quanto sabemos o barco dos Cortiçais pode ter ido ao fundo no exacto mesmo dia do nascimento de Cristo.
Vitor Frazão
Para as crianças de hoje em dia o Natal é quando um velho gordo vestido de vermelho distribui prendam num tornou voador puxado por renas. Ou seja um conceito tão credível como a possibilidade de deixar de existir corrupção em Portugal! Contudo, esta história é excelente para apontar duas realidades: antes de mais o facto das crianças acreditarem em tudo e por esse motivo todos lhes mentem. Hoje em dia é raro os adulto dizerem uma única coisa às crianças que seja verdade: começa na Fada dos Dentes e acaba na ocultação da realidade da morte. Tudo excelentes ingredientes para se crescer com uma patologia interessante.
A segunda realidade é que, no meio da mentira, são as crianças que entendem o verdadeiro significado do Natal: as prendas! Os putos lá se ralam que há 2 mil anos um tipo tenha nascido numa manjedoura! Eles querem é prendas! Admitam lá, nós só dizemos Natal porque “comemoração da glória do capitalismo” é muito grande! Assim como, só dizemos Pai Natal porque “Assalariado da Coca-Cola” não soa bem!
Calma que não estou a querer entrar em politiquices! Isto não é um discurso comunismo. Se bem que é curioso que o Pai Natal como um dos maiores símbolos do capitalismo seja tão virado para o marxismo. Se não vejamos: veste-se de vermelho; na Noite de Natal é ele que vai trabalhar, quando como dono de um império capitalista podia ficar à secretária só a gerir, e tem um barba tipo Karl Marx.
“O Pai Natal não foi criado pela Coca-Cola! Ele é o São Nicolau!” afirma alguns. O Pai Natal foi baseado, repito baseado, no São Nicolau. Ou acreditam que um arcebispo de Mira do século IV se vestia daquela maneira e tinha um trenó voador? Ele foi só um velho porreiro que distribuía prendas às crianças! E já agora fazia-o a 6 de Dezembro, não a 25.
Contudo, não quero dizer que haja nada de errado com o Natal da actualidade. O que é que podia haver de errado em haver uma data para distribuirmos prendas aos nossos entes queridos? Na verdade era isso que os romanos faziam.
Não sei se os tripulantes do barco dos Cortiçais naufragaram no Natal, mas estou certo que conheciam as comemorações da época. Não lhe chamavam Natal, davam-lhe o nome de Saturnalias. Eram um festival que, segundo se dizia, tinha como objectivo celebrar a igualdade que existira entre os homens quando o deus Saturno, expulso dos Céus por Júpiter, viera viver para a terra. Era um festival carnavalesco com raiz no culto da fertilidade relacionados com o Solístício de Inverno. Tinham lugar de 16 a 18 de Dezembro e era comum dar-se prendas e visitar-se os amigos chegados neste período.
Contudo para milhões de cristãos o Natal continuará a ser a data do nascimento de Cristo, um acontecimento que se tornou o umbigo do nosso modo de medir o tempo. Claro que isto não era assim à 2 mil anos atrás. Estou certo que os náufragos dos Cortiçais não dariam especial atenção ao ano zero da nossa Era. Não estou a ver um dos sobrevivente a contar a história do acidente a dizer: “Isto em 15 a.C., meu amigos”.
Tanto quanto sabemos o barco dos Cortiçais pode ter ido ao fundo no exacto mesmo dia do nascimento de Cristo.
Vitor Frazão