O resgate da Caixa Azul
A semana passada a Dr. Bombico presenteou-nos com um relato das suas aventuras com a saudosa Caixa Azul. Pois bem, desta feita lerão a história contada pelos que tiveram na operação de salvamento.
No resgate participaram: do presidente da GEPS, Jorge Russo; o enorme Miguel Aleluia, do CNANS (o enorme é referente à sua envergadura. O gajo é mesmo grande! Como aquele tipo no filme “Stallone Prisioneiro”, a quem chamavam Eclipse, pois tapava muito sol.) e o vosso amigo (ou não): Vitor Frazão. Como todos os restante têm mais que fazer da vida, cabe-me a mim a narrativa dos acontecimentos.
No dia seguinte ao fatídico desaparecimento da Caixa Azul reuniram-se duas equipas: os que entabulariam as operações se resgate e os que continuariam o trabalho propriamente dito.
Tendo registado no GPS o local, aproximado, onde Bombico emergira (cerca de 100 metros do local de trabalho – como vêm um pequenino desvio), dirigimo-nos ao local. Efectuamos a sondagem utilizando cordas com chumbos (para não andarem a flutuar) como pontos de referência (a última coisa que precisava-mos era de alguém se perder e aparecer nas Berlengas). Basicamente existiam duas frentes de prospecção: dum lado Miguel One-Man-Army Aleluia, do outro eu e Russo.
Os 14 metros de profundidade (para quem nos dias anteriores estivera habituado a um máxima de 6) depressa elevaram o grau de estupidez. Especialmente a minha. Como foi provado por Russo me mandar ir para um lado (não levamos placas de acrílico e a linguagem gestual não facilitou a compreensão) e eu ir para outro. Seja como for fizemos a nossa prospecção. Encontramos a caixa? Não, senhor. Mas descobrimos um bom local de mergulho.
A zona era arenosa, na sua maioria, mas volta e meia apareciam aglomerados de rochas. Existiam rochas com formas interessantes: arcos, espigões, etc. Algumas das quais eram versões “vitaminadas” dos ingueiros dos Cortiçais, nos quais, devido à corrente, assentava um camada de restos de algas flutuantes, dando um aspecto místico à coisa.
A Caixa Azul acabou por ser encontrada, por Miguel Aleluia, a meio caminho entre o Cortiçais e o local de prospecção. Escusado será mencionar quão grande foi o alívio de Sónia Bombico.
Eu e Russo pouco ganhamos com tudo aquilo, para além de um passeio subaquático. Quer dizer, eu ganhei uma infecção horticária de anémona na cara (sabem como é... com as luvas não sabemos onde pomos as mão e depois...).
Ah, já me esquecia! Ganhamos outra coisa, fomos violentamente atacados nas nossas auto-estimas. Quando chegamos ao Q. G. dos Cortiçais e informamos a equipa de terra da descoberta da Caixa Azul, Sónia Simões (Sónia Pequena, como lhe chamamos) brindou-nos com um comentário simples mas maldoso: “Claro que foi o Miguel que a encontrou.” Que é como quem diz: “Teve de ser o Miguel, porque vocês, seu palhaços, não são capazes de encontrar os próprios narizes, nem que as vossas vidas dependessem disso!” Comentário a que devemos ter respondido algo do género: “Sobe para uma cadeira e diz-nos isso na cara!”
Vitor Frazão
No resgate participaram: do presidente da GEPS, Jorge Russo; o enorme Miguel Aleluia, do CNANS (o enorme é referente à sua envergadura. O gajo é mesmo grande! Como aquele tipo no filme “Stallone Prisioneiro”, a quem chamavam Eclipse, pois tapava muito sol.) e o vosso amigo (ou não): Vitor Frazão. Como todos os restante têm mais que fazer da vida, cabe-me a mim a narrativa dos acontecimentos.
No dia seguinte ao fatídico desaparecimento da Caixa Azul reuniram-se duas equipas: os que entabulariam as operações se resgate e os que continuariam o trabalho propriamente dito.
Tendo registado no GPS o local, aproximado, onde Bombico emergira (cerca de 100 metros do local de trabalho – como vêm um pequenino desvio), dirigimo-nos ao local. Efectuamos a sondagem utilizando cordas com chumbos (para não andarem a flutuar) como pontos de referência (a última coisa que precisava-mos era de alguém se perder e aparecer nas Berlengas). Basicamente existiam duas frentes de prospecção: dum lado Miguel One-Man-Army Aleluia, do outro eu e Russo.
Os 14 metros de profundidade (para quem nos dias anteriores estivera habituado a um máxima de 6) depressa elevaram o grau de estupidez. Especialmente a minha. Como foi provado por Russo me mandar ir para um lado (não levamos placas de acrílico e a linguagem gestual não facilitou a compreensão) e eu ir para outro. Seja como for fizemos a nossa prospecção. Encontramos a caixa? Não, senhor. Mas descobrimos um bom local de mergulho.
A zona era arenosa, na sua maioria, mas volta e meia apareciam aglomerados de rochas. Existiam rochas com formas interessantes: arcos, espigões, etc. Algumas das quais eram versões “vitaminadas” dos ingueiros dos Cortiçais, nos quais, devido à corrente, assentava um camada de restos de algas flutuantes, dando um aspecto místico à coisa.
A Caixa Azul acabou por ser encontrada, por Miguel Aleluia, a meio caminho entre o Cortiçais e o local de prospecção. Escusado será mencionar quão grande foi o alívio de Sónia Bombico.
Eu e Russo pouco ganhamos com tudo aquilo, para além de um passeio subaquático. Quer dizer, eu ganhei uma infecção horticária de anémona na cara (sabem como é... com as luvas não sabemos onde pomos as mão e depois...).
Ah, já me esquecia! Ganhamos outra coisa, fomos violentamente atacados nas nossas auto-estimas. Quando chegamos ao Q. G. dos Cortiçais e informamos a equipa de terra da descoberta da Caixa Azul, Sónia Simões (Sónia Pequena, como lhe chamamos) brindou-nos com um comentário simples mas maldoso: “Claro que foi o Miguel que a encontrou.” Que é como quem diz: “Teve de ser o Miguel, porque vocês, seu palhaços, não são capazes de encontrar os próprios narizes, nem que as vossas vidas dependessem disso!” Comentário a que devemos ter respondido algo do género: “Sobe para uma cadeira e diz-nos isso na cara!”
Vitor Frazão
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