Estava bêbado!
Álcool! Não, não estou a pedir uma bebida. Se bem que a secura já começa a apertar. Também não preciso de um desinfectante. A questão é outra.
Estava aqui a pensar com os meus botões (ou estaria, se os tivesse) nas possíveis causas do naufrágio do barco do Cortiçais. Foi então que se fez luz! Álcool! Raciocinem comigo. As maiorias dos acidentes (quer sejam rodoviários, industriais ou culinários) são de causa humana, sendo, regra geral, provocados por distracções ou estupidez. E qual é o melhor catalizador para a estupidez? Álcool!
Pelo menos é o que gostamos de pensar, visto que isso permite fazer do álcool desculpa para tudo. A desculpa da bebedeira é tão boa que é de admirar que não seja usada, com frequência, nos tribunais. “À acusação de ter efectuado um desvio fiscal de 10 milhões de euros, o meu cliente, só tem a declarar que estava bêbado!” A absolvição seria imediata! Asseguro-vos que se Hitler tivesse sido julgado, teria argumentado: “O Holocausto? Tinha bebido umas cervejas, desculpem lá!”
Estaria o timoneiro, do barco do Cortiçais, bêbado? Bem, não é por nada mas muitos afirmam que a Haltern 70 transportariam vinho, de alguma espécie. Não é difícil imaginar a tripulação a abrir uma ânfora à socapa. Ora, uma vez que os romanos estavam habituados a beber vinho com água (Cambada de tenrinhos!), o vinho puro deve-os ter embebedado bastante depressa. A partir daí foi o descalabro! Desviaram-se da rota, chamando a atenção dos centuriões, que logo iniciam a perseguição, nas suas poderosas embarcações, com as sirenes ligadas (provavelmente feitas com velas). Antes de serem apanhados batem nas rochas e vão ao fundo. O mais certo seria o muitos deles nadarem para a costa, só para serem apanhados pelos legionários em terra. Sim, porque um bêbado é quase indestrutível! Um gajo é cuspido dum carro, levanta-se, sacode a poeira e continua, perguntando: “Onde é o tasco?” Claro, que no dia seguinte é capaz de não se conseguir mexer, mas tudo bem! Seja como for o mais certo é todos os marinheiros dos Cortiçais, após serem apanhados, devem ter sido obrigados a soprar no balão. Como seriam estes aparelhos na época romana? Não sei mas, provavelmente, envolveria bexigas de porco e coisas do género.
Os críticos da AAÓ afirmarão que isso é uma idiotice! Que não só é impossível saber se estavam bêbados e que barcos com sirenes e aparelhos de teste da alcoolémia não existiam entre os romanos. Calúnias, é o que eu digo! Concordo que estas afirmações se aproximam ligeiramente da ficção (muito ligeiramente) e podem ser meras transposições de uma realidade actual para o passado, levando a violentos anacronismos (tipo Julio César e Isabel I na mesma sala). Mas isso não quer dizer que não seja verdade! Há pelo menos uma probabilidade em 3 biliões! Se não se pode provar que isto sucedeu também não há provas o contrário.
Presidente da AAÓ.
Associação dos Amigos do Óscar – há 10 meses a expandir os horizontes da arqueologia em Portugal, alterando (ligeiramente) o tecido da realidade.
Estava aqui a pensar com os meus botões (ou estaria, se os tivesse) nas possíveis causas do naufrágio do barco do Cortiçais. Foi então que se fez luz! Álcool! Raciocinem comigo. As maiorias dos acidentes (quer sejam rodoviários, industriais ou culinários) são de causa humana, sendo, regra geral, provocados por distracções ou estupidez. E qual é o melhor catalizador para a estupidez? Álcool!
Pelo menos é o que gostamos de pensar, visto que isso permite fazer do álcool desculpa para tudo. A desculpa da bebedeira é tão boa que é de admirar que não seja usada, com frequência, nos tribunais. “À acusação de ter efectuado um desvio fiscal de 10 milhões de euros, o meu cliente, só tem a declarar que estava bêbado!” A absolvição seria imediata! Asseguro-vos que se Hitler tivesse sido julgado, teria argumentado: “O Holocausto? Tinha bebido umas cervejas, desculpem lá!”
Estaria o timoneiro, do barco do Cortiçais, bêbado? Bem, não é por nada mas muitos afirmam que a Haltern 70 transportariam vinho, de alguma espécie. Não é difícil imaginar a tripulação a abrir uma ânfora à socapa. Ora, uma vez que os romanos estavam habituados a beber vinho com água (Cambada de tenrinhos!), o vinho puro deve-os ter embebedado bastante depressa. A partir daí foi o descalabro! Desviaram-se da rota, chamando a atenção dos centuriões, que logo iniciam a perseguição, nas suas poderosas embarcações, com as sirenes ligadas (provavelmente feitas com velas). Antes de serem apanhados batem nas rochas e vão ao fundo. O mais certo seria o muitos deles nadarem para a costa, só para serem apanhados pelos legionários em terra. Sim, porque um bêbado é quase indestrutível! Um gajo é cuspido dum carro, levanta-se, sacode a poeira e continua, perguntando: “Onde é o tasco?” Claro, que no dia seguinte é capaz de não se conseguir mexer, mas tudo bem! Seja como for o mais certo é todos os marinheiros dos Cortiçais, após serem apanhados, devem ter sido obrigados a soprar no balão. Como seriam estes aparelhos na época romana? Não sei mas, provavelmente, envolveria bexigas de porco e coisas do género.
Os críticos da AAÓ afirmarão que isso é uma idiotice! Que não só é impossível saber se estavam bêbados e que barcos com sirenes e aparelhos de teste da alcoolémia não existiam entre os romanos. Calúnias, é o que eu digo! Concordo que estas afirmações se aproximam ligeiramente da ficção (muito ligeiramente) e podem ser meras transposições de uma realidade actual para o passado, levando a violentos anacronismos (tipo Julio César e Isabel I na mesma sala). Mas isso não quer dizer que não seja verdade! Há pelo menos uma probabilidade em 3 biliões! Se não se pode provar que isto sucedeu também não há provas o contrário.
Presidente da AAÓ.
Associação dos Amigos do Óscar – há 10 meses a expandir os horizontes da arqueologia em Portugal, alterando (ligeiramente) o tecido da realidade.